Edição #4

Cinco passos para fazer o planejamento da sua empresa em 2015

Nesta época de fim de ano, quase todo mundo começa a fazer promessas para os próximos 12 meses do calendário. Emagrecer, parar de fumar, trabalhar menos, faturar mais… Nos negócios não é diferente e, antes da virada, sua empresa precisa preparar-se para ter um melhor ano a partir de agora.

Na expectativa de gerar bons resultados, a empresa precisa saber produzir e vender de forma otimizada e gerar rentabilidade, portanto é hora de fazer um planejamento. Uma projeção de aonde se quer chegar no próximo ano determina o ritmo da atividade do seu negócio e exige uma análise criteriosa de todos os departamentos quanto aos custos, capacidade de produção e cumprimento de metas.

Confira a seguir quais as informações mais importantes do planejamento e como colocar as projeções em prática.

  1. Planeje os resultados

Qual o objetivo da sua empresa para 2015? Esse deve ser o ponto de partida e com isso bem claro, analise o caminho que vai percorrer para atingir o objetivo.

Especialistas recomendam que o planejamento estratégico deve ser de três a cinco anos. A coordenadora dos cursos de Administração Presencial e EAD e de Engenharia de Produção do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, professora Solange Limberger de Araújo, comenta que o tempo do planejamento depende do ambiente da empresa.

“Aquelas que têm muita concorrência e um giro de produtos rápido devem encurtar esse tempo. O ideal é fazer um planejamento a longo prazo, envolvendo um horizonte maior e um anual para o próximo ano”, defende.

O planejamento deve ser revisto a cada ano, pois as condições de mercado se alteram. “É preciso avaliá-las novamente para verificar se o seu planejamento ainda condiz com as informações que foram levantadas, se os clientes ainda mantêm o mesmo comportamento de compra, e até mesmo se os concorrentes são os mesmos e atuam da mesma forma.”

Solange explica que como o mercado é muito dinâmico não há como estabelecer um planejamento para os próximos anos sem revisar o atual. “Esse, inclusive, é um grande erro do gestor, e baseado nessa atitude muitos dizem que o planejamento não funciona, e às vezes o que falta é essa revisão periódica adequando a novas condições”, ressalta.

  1. Faça o orçamento empresarial

Uma boa gestão financeira garante a saúde de seu negócio e sua tranquilidade. Os recursos que entram no caixa devem ser suficientes para quitar seus compromissos. O controle financeiro orienta a tomada de decisões para a gestão do capital de giro necessário às operações.

O plano financeiro, ou orçamento empresarial, é a melhor forma de saber se as suas projeções serão viáveis e ele deve ser elaborado ainda este ano. Defina premissas operacionais e financeiras como capacidade produtiva, taxa de inflação, câmbio e percentual de aumento para funcionários. O plano também deve conter orçamentos das vendas, custos de produtos ou dos serviços prestados, despesas administrativas e financeiras e investimentos.

Faça ainda a projeção do fluxo de caixa, demonstração de resultados, balanço patrimonial e margem de contribuição. A cada mês, confronte a demonstração de resultados orçada e a real para acompanhar a viabilidade do que está no papel.

  1. Tenha um plano B

Crie dois cenários na hora de fazer o planejamento: um realista e outro pessimista, assim qualquer eventualidade, como a inflação, poderá impactar menos o setor financeiro e não comprometer seus planos. Em ambos os cenários, pergunte se a empresa estará confortável para atravessar determinada fase e se o negócio continuará dando certo.

  1. Envolva a equipe

Produção, vendas, marketing e administração. Informe a todos os departamentos sobre a meta de vendas da empresa para o próximo ano e peça que cada um analise o que pode ser feito para chegar ao resultado. Veja o que cada equipe pode oferecer como contribuição.

  1. Incentive os funcionários

Para tudo dar certo é preciso mais do que palavras de incentivo. Faça algo a mais para garantir a dedicação de seus funcionários no cumprimento das metas. Uma das opções é usar a prática de remuneração variável. Por exemplo, no setor administrativo, se a meta for atingida, você dará 10% como lucro. É mais interessante dar esse retorno a cada semestre do que apenas no fim do ano. E não se engane: esse tipo de incentivo não representa custos.

Outra dica da coordenadora de Administração da UDC é que é fundamental também os funcionários participarem do processo inicial de planejamento, pois isso contribuirá para eles estarem comprometidos em buscar resultados.

“Para colher frutos, o gestor precisa cuidar para não ser consumido pela rotina diária. O mais importante é aplicação e avaliação constante, isto é, estabelecer indicadores para monitorar o seu planejamento é fundamental”, reforça Solange.

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