Edição #20

De olho na próxima década

Projeto Visão Iguaçu planeja os próximos dez anos do turismo e traz novas perspectivas para o crescimento do setor na região trinacional

Pegue um calendário e vá contando os anos daqui para frente. Faça o exercício de vislumbrar o que o turista vai dizer ao chegar ao Destino Iguaçu em 2028. Procure imaginar quais passeios poderá fazer e como ele vai contar a experiência de sua viagem aos familiares e amigos. Então reflita quais ações e obras irão moldar o que será do destino na próxima década para atrair mais visitantes.

Lembre-se de que é preciso combater problemas estruturais do setor de turismo, como a acessibilidade aérea, falta de investimentos na infraestrutura urbana e turística e a parca divulgação do destino dentro e fora do país. O desenvolvimento só será possível com planejamento, investimentos e decisões apropriadas para levar a região trinacional ao patamar do mundo novo que o século 21 nos apresenta.

Para se ter bons resultados é necessário alinhar estratégias. É no pensar coerente, em um planejamento objetivo que considere as potencialidades do Destino Iguaçu, que se baseia o projeto Visão Iguaçu. Ele é desenvolvido pela Gestão Integrada do Turismo, composta pelo Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, Iguassu Convention & Visitors Bureau, Itaipu Binacional e Secretaria Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos.

A iniciativa conta com uma consultoria técnica que auxiliará a Gestão Integrada a construir o planejamento estratégico da próxima década. A metodologia é gerida por três empresas, a australiana GainingEdge e as canadenses InterVistas e Twenty 31, especializadas em planos de marketing de destinos, levantamento de melhores práticas no setor de turismo e branding, com experiência em projetos em mais de 70 países.

Jaime Nascimento, presidente do Iguassu Convention & Visitors Bureau
Foto: Kiko Sierich/Iguassu CVB

Em síntese, o Visão Iguaçu irá apontar caminhos. O processo teve início em novembro do ano passado e até julho deste ano vai ajudar a Gestão Integrada do Turismo a mapear a essência do destino e a desenhar o caminho que se pretende percorrer, como explica o presidente do Iguassu CVB, Jaime Nascimento.

“Para evidenciarmos nossas forças e diferenciais, contratamos uma consultoria para nos ajudar a repensar tudo que se refere ao destino, mas tudo mesmo, desde reposicionamento de marca e como podemos fortalecer ainda mais nossa identidade para que possamos impactar um maior número de turistas”, afirma Jaime.

O projeto Visão Iguaçu é amplo e abrange o posicionamento do Destino Iguaçu em seu contexto mercadológico e como seus consumidores, inclusive o público interno, percebem e enxergam o destino.

Alexandre Pacheco, gestor de Turismo da Itaipu Binacional
Foto:Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Na opinião do gestor de turismo da Itaipu, Alexandre dos Santos Pacheco, a iniciativa da Gestão Integrada é fundamental para determinar como serão os próximos dez anos. “O último grande planejamento foi de 2012 para 2013, então está na hora de renovar esse processo, e estamos mais maduros e fortalecidos para construir juntos uma nova proposta que vai render frutos para as novas gerações”, avalia Pacheco.

Para onde vamos?

A Gestão Integrada completou dez anos de atuação em 2017 e contribuiu para o fomento do turismo. Esse período foi marcado pela conquista de mais voos, criação de novos atrativos, eleição das Cataratas como uma das Sete Maravilhas da Natureza e reposicionamento do destino nacional e internacionalmente.

Segundo o presidente do Iguassu CVB, Jaime Nascimento, apesar dos grandes avanços na última década, com a criação da Gestão Integrada do Turismo, há muito a ser explorado em Foz do Iguaçu e ainda há muita lição de casa a ser feita, para aprimorar, de fato, a estrutura da cidade para receber mais visitantes e garantir o desenvolvimento de longo prazo.

“Isso tem motivado o setor empresarial a investir e motiva as instituições do turismo a criarem as condições para que o destino se estruture, melhore as ofertas turísticas e mantenha uma curva de crescimento consistente, com benefícios para todos, principalmente para a comunidade”, pontua.

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