Edição #2

História

Santi Móveis  – Empresa associada desde novembro de 1983

Valmir Tombini Coexma“O Grupo Santi Móveis sempre esteve atento às oportunidades de negócios a partir da tendência do mercado. Nosso primeiro negócio foi uma sorveteria, aberta em 1981, na Avenida República Argentina. Depois, passamos para o ramo de papelaria e brinquedos, artigos esportivos, eletrodomésticos e, finalmente, somente móveis.

A primeira vez que decidimos mudar de ramo, passando de sorveteria para papelaria e brinquedos, aconteceu naturalmente, atendendo aos anseios do mercado, porque a região estava crescendo demais. Quando chegamos no Jardim São Paulo só tinham 45 residências. Era um bairro novo. A Avenida República Argentina tinha sido aberta recentemente até o Morumbi. Já era bem larga, mas era tudo estrada de chão. Em dia de chuva isso virava num atoleiro, porque as águas desciam para cá, vindas dos bairros. E no calor, era a poeira.

A frente da loja era a parada dos ônibus que traziam o pessoal que trabalhava na Itaipu. Eles descarregavam o povo aqui na frente da loja porque não entravam no bairro. Todos perguntavam se a gente vendia material escolar, brinquedo, então fomos colocando esses produtos junto com a sorveteria. Desistimos da sorveteria quando os outros ramos foram ficando melhores.

No entanto, com o crescimento do Paraguai, o ramo de brinquedos começou a cair em Foz do Iguaçu por causa da concorrência, e tivemos que mudar novamente de ramo. Entramos em artigos esportivos, eletrodomésticos e, finalmente, os móveis, a partir de 1996. Foi tudo por opção de mercado, observando o potencial da região, atuando onde havia espaço. As papelarias, por exemplo, quase não existem mais nos bairros, estão todas praticamente no centro de Foz, próximo às faculdades e às escolas particulares. Há a concorrência com os mercados que vendem de tudo, até eletrodomésticos. Por isso, nas quatro lojas, estamos concentrados na venda de móveis prontos.

ACIFI
De todos os serviços oferecidos pela ACIFI, o que é mais importante para o nosso negócio é o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Quando iniciamos com a sorveteria, todas as vendas eram em dinheiro, mas quando entramos no ramo de papelaria e brinquedos, nos associamos à ACIFI justamente porque precisávamos da garantia para as vendas.
Mas também acompanhei por algum tempo os núcleos setoriais – Programa Empreender – e acho um importante trabalho. Há também os cursos que são oferecidos para os associados.

É importante ser associado da ACIFI para que ela nos represente, defenda os interesses da classe empresarial. Hoje, as quatro empresas do grupo – cada uma liderada por um filho – são associadas à ACIFI: a loja da Avenida República Argentina, da Mário Filho, na Almirante Barroso e na Avenida Brasil. Todas mantendo a característica familiar. Na loja da Avenida República Argentina, além de mim, minha esposa e meu o filho também trabalham no setor administrativo.”

Coexma – Empresa associada desde setembro de 1979

Mario Santi “A empresa foi fundada em 1978, mas a nossa história começa a partir de 1990. Era uma grande empresa, porque foi criada para ser uma concessionária da Olivetti, marca de máquinas de escrever manuais e elétricas, de calculadoras, etc, e tínhamos que atender toda a região. Foi, portanto, criada para vender máquinas e móveis. Até 1997, as máquinas e suprimento correspondiam a quase 60% do faturamento.

Os grandes consumidores de máquinas e calculadoras eram os órgãos públicos, como a Itaipu, que tinha um enorme parque de máquinas instalado, gerando serviços de manutenção. Mas a partir disso, houve uma queda vertiginosa quando começou a era da informática. E a gente foi focando mais no mercado de móveis para escritório.

Nesse segmento também houve uma grande mudança ao longo dos anos. Antes, os modelos antigos de mesas eram de madeira, ou clara ou escura – geralmente de imbuia ou cerejeira –, e aos poucos foram sendo substituídos por designs mais modernos, de novas cores. O mesmo aconteceu com as cadeiras de escritório. Aproveitamos essa evolução do mercado de móveis, se bem que até hoje ainda utilizam máquinas de escrever, seja por saudosismo ou por necessidade, e mantivemos a assistência técnica.
Atualmente, esse setor – de móveis de escritório – está se saturando, com a concorrência da internet, dos móveis planejados ou feitos sob encomenda. E mais uma vez a empresa está de olho no mercado e acompanhando as tendências modernas, entrando na área de soluções e tecnologia. O investimento é, principalmente, no sistema de relógio-ponto, homologado pelo Ministério do Trabalho. Meu filho está se especializando nessa área para a instalação e manutenção desse novo serviço. Também estamos entrando no sistema de segurança de acesso, como portas abertas por meio de biometria. É um nicho novo no mercado.

ACIFI
Mesmo diante da crise, a empresa nunca deixou de estar associada à ACIFI. Sempre nos reportamos à associação para sabermos das novidades do mercado; quando há projetos de formação de pessoal, de palestras; enfim, sempre ficamos informados pela ACIFI. Acho importante termos quem defenda as empresas, pois a classe empresarial depende muito dessa união. Em algumas questões, de situação de mercado ou de se conhecer novas possibilidades, quem trazia isso era sempre a ACIFI. E nem sempre, individualmente, a gente fica sabendo.

Essa proximidade com a associação é que te traz um pouco de desenvolvimento empresarial, e sempre teve isso em gestões de presidentes mais arrojados, outros menos arrojados…

Também sempre utilizamos o setor de consulta – o SPC. Hoje, como a empresa ficou bem local e o tipo de cliente que atendemos é mais para pessoa jurídica, não temos muita dificuldade em questão de crédito. Ou seja, nossas consultas são menores que no passado.

Para o futuro, eu espero que a ACIFI defenda o empresariado de Foz. As campanhas para que se prestigie o comércio da cidade não deveriam morrer. Está havendo dificuldade do dinheiro ficar na cidade. A ACIFI deve continuar defendendo a nossa classe, ou nos valorizando mais, ou nos preparando melhor para esse mercado.”

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