Edição #12

Projeto de duplicação da BR-469 já pode ser doado ao DNIT

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Com a Licença Ambiental Prévia, concedida em junho pelo IAP, o projeto está completo

O projeto de duplicação de 8,82 km da Rodovia BR-469, mais conhecida como Rodovia das Cataratas, no trecho entre o trevo de acesso à Ponte Tancredo Neves e os portões do Parque Nacional do Iguaçu, já conta com a Licença Ambiental Prévia do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O documento foi emitido no dia 3 de junho, depois da aprovação do relatório de avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

“Agora, finalmente, o projeto de duplicação está completo e apto a ser doado para o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), para que possamos viabilizar os recursos necessários para execução das obras. O custo previsto da duplicação e das obras de arte é de R$ 98 milhões”, afirma Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social da Itaipu Binacional, que também é vice-presidente do Fundo Iguaçu e secretário-geral do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz). Ele foi responsável pela coordenação dos trabalhos.

O projeto de duplicação prevê que a rodovia seja alargada nos dois lados, no trecho entre o trevo de acesso à Argentina e a entrada do Parque Nacional do Iguaçu, o que permitirá o aproveitamento da faixa de domínio do DNIT. As obras incluem a construção de avenidas marginais em boa parte do trecho. Prevê, ainda, ciclovias dos dois lados da pista, duas passarelas de pedestres, dois passa-bichos, cinco retornos em nível com faixas extras de desaceleração e aceleração, um viaduto no acesso ao aeroporto, duas trincheiras, ponte elevada no Rio Tamanduá e uma rotatória nas proximidades da entrada do Parque Nacional do Iguaçu.

Doação

O projeto de duplicação da BR-469 foi desenvolvido pela Engemin, uma das mais conceituadas empresas de engenharia de obras de infraestrutura do Paraná, contratada pelo Iguassu Convention & Visitors Bureau (ICVB), com apoio da Itaipu Binacional e do Fundo Iguaçu.

Gilmar Piolla explica que, para receber projetos em doação, o DNIT, por normativa interna, exige que sejam acompanhados da devida licença ambiental. Para tanto foi necessário contratar estudos e realizar escavações arqueológicas na área da faixa de domínio a ser utilizada para a duplicação da BR-469. “O DNIT receberá os projetos básicos e de engenharia, assim como os estudos de impacto ambiental e o licenciamento ambiental”, informa. A data da doação será agendada com a direção do DNIT e o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

O presidente do ICVB, Altino Voltolini, acredita que, com toda a documentação em ordem e projetos bem elaborados, será possível conseguir que o governo federal execute as obras, “apesar da situação econômica difícil que o país atravessa”. Ele prevê que a rodovia possa ser duplicada “num prazo de quatro anos”. Com isso, diz, será resolvido um dos grandes problemas de Foz do Iguaçu, que não conta com acessos rodoviários “à altura da qualidade dos seus atrativos turísticos”. A duplicação “é uma necessidade já de muitos anos”, completa.

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