Edição #1

É preciso recuperar a credibilidade e a consistência do tripé macroeconômico

economistaPara Eduardo Gianetti da Fonseca, governo Dilma criou tantas incertezas em relação às regras do jogo que se tornou temerário investir no país

A economia brasileira está em queda livre, afirmou o economista Eduardo Gianetti da Fonseca ao falar no 1º Fórum CACB Mil sobre as saídas do Brasil. Ele produziu um resumo de informações e mostrou como a gestão econômica do País está sendo mal conduzida pelo governo. Mostrou as ambivalências de um governo estatizante que interfere negativamente nas duas maiores estatais: a Petrobrás e a Eletrobrás e enfatizou que o governo retira do setor privado brasileiro, 40% do PIB através da carga tributária e devolve, em investimentos, apenas 2,5%. Acrescentou que o país convive com excessiva carga tributária e péssima estrutura de tributos e impostos que pune mais do que incentiva as atividades como as de exportação, inovação tecnológica e de investimento produtivo.

Para Gianetti, o Brasil não chegou ao ponto da Argentina ou da Venezuela, mas não está longe dos emergentes. Fez uma radiografia das causas dos problemas do país e disse que mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a taxa de crescimento do país é mais baixa da história republicana de Floriano Peixoto e Collor de Mello: média de 2%.

Sobre o câmbio, o economista afirmou que atualmente já não há entendimento. “Quando o câmbio ficou muito valorizado, o governo interviu e criou o IOF e outros impostos, restringiu a entrada de capitais, e disse que haveria comprometimento com o câmbio em certo patamar. Aí quando a inflação começou a incomodar, eles vêm e dizem que o câmbio volta a ser flutuante. Ninguém mais sabe como funciona o sistema cambial no Brasil.”

O economista afirmou, ainda, que “a simplificação do sistema tributário é a primeiríssima medida que o Brasil precisa ter, mas para todos. Não é mudando no caso a caso, negociando a cada ano se vai ter aquilo ou isso, desoneração ou não. Na cabeça do empresário, se não houver confiança e previsibilidade fica difícil emplacar recursos em projetos de longo prazo. Afinal, ele não sabe o que é que pode, ou não, estar valendo daqui a pouco”.

(Fonte: Imprensa CACB)

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